Por Gustavo Affeldt*
A ciência acadêmica não acredita em discos voadores, mas acredita em vida extraterrestre inteligente. Segundo os cientistas, não existem evidências que comprovem a idéia de seres de outros planetas visitarem a Terra nem de que exista vida inteligente no sistema solar fora da Terra. Devido as grandes distancias entre as estrelas e a limitação da velocidade que os corpos podem adquirir é muito improvável que essas visitas aconteçam.
Nos últimos anos têm sido travadas inúmeras discussões sobre se é possível ou não existir vida extraterrestre. Por todo o mundo são gastos milhões de dólares em pesquisas que buscam detectar sinais emitidos por alguma civilização inteligentes que possa existir.
O grande avanço tecnológico de nossa época pode estar nos levando a grandes passos para a detecção desses sinais que, se captados, podem vir a alterar significativamente a sociedade humana atual.
A EQUAÇÃO DE FRANK DRAKE
Nos anos 60 um astrônomo norte-americano, publicou uma equação que pretendia fornecer o numero de civilizações inteligentes que desenvolveram tecnologia em nossa galáxia. Esta equação levou o nome de seu criador Frank Drake. A equação é a seguinte:
N = E x P x S x V x I x T x C
N = Número de civilizações comunicantes em nossa galáxia;
E = Número de estrelas que se formam por ano na nossa galáxia;
P = Fração, dentre as estrelas formadas, que possui sistema planetário;
S = Número de planetas com condições de desenvolver vida por sistema planetário;
V = Fração desses planetas que de fato desenvolve vida;
I = Fração, dentre os planetas que desenvolvem vida, que chega a vida inteligente;
T = Fração, dentre os planetas que chegam a vida inteligente, que desenvolve tecnologia e
C = Duração média, em anos, de uma civilização inteligente.
Em T e C há uma grande incerteza na atribuição de valores. Vamos considerar que de dez planetas que alcancem vida inteligente, um desenvolva tecnologia (T = 0,1). A duração média de uma civilização comunicante envolve vários conhecimentos astronômicos. Alguns cientistas mais pessimistas acreditam que já estamos nos autodestruindo porque atribuem uma vida média a uma civilização tecnológica de somente 10.000 anos, os mais otimistas acreditam que o único limite para a nossa civilização é a destruição do nosso sistema solar. Também existe a possibilidade de destruição do nosso planeta em uma colisão com um cometa ou meteoro. Mas com uma grande margem de erro vamos considerar C= 10 Milhões.Com base nas teorias atuais sobre formação de estrelas, não parece que estamos sujeitos a grandes erros se considerarmos E = 10, P = 1 e S = 1. A multiplicação dessas três parcelas nos permite dizer que, por ano, se formam 10 planetas em nossa galáxia com condições de abrigar vida. Encontrar valores para V e I é tarefa da Biologia, há grande incerteza na atribuição de valores para essas duas parcelas. Vamos considerar que de dez planetas com possibilidades de desenvolvimento de vida, só se desenvolva efetivamente em um deles V=0,1. Da mesma forma, vamos considerar que de dez planetas que desenvolvam vida, um chegue a vida inteligente I = 0,1. A atribuição dos valores para essas parcelas foi feita com base na ciência atual, mas com uma visão bastante otimista, com esses dados estaríamos obtendo o numero máximo possível de civilizações em nossa galáxia.
Após calcularmos esses valores chegaremos a 1 milhão. Com a equação de Drake e com uma visão bastante otimista teríamos 1 milhão de civilizações só em nossa Galáxia e todas civilizações capazes de desenvolver tecnologia e se comunicar conosco. A partir de um calculo tão otimista surgem várias opiniões discrepantes, uma é O Paradoxo de Fermi. Precisamente, em 1950, o físico Enrico Fermi faz um contraponto ao argumento de que existe vida extraterrestre, fazendo o seguinte questionamento se eles existem onde estão. Fermi acreditava que mesmo que pudessem existir civilizações extraterrestres nos nunca conseguiríamos contato com elas.
Fontes:
* Gustavo Affeldt é estudante do 3o Semestre do Curso de Automação Industrial do Campus Camaquã do IFSul. Atua como bolsista do Projeto Céus do Sul e participa do Clube de Astronomia.