Nasa/Reprodução |
Pouco após o lançamento, o foguete realizou seu primeiro contato com a Terra, provando que a espaçonave está em boas condições e a caminho do Planeta Vermelho como o planejado.
O foguete, construído pela United Launch Alliance, decolou da plataforma de lançamento por volta das 13h02 (horário de Brasília), subindo por entre um céu parcialmente nublado à medida em que se dirigia ao espaço, para enviar o Laboratório de Ciência de Marte da Nasa a 354 milhões de milhas, uma jornada de quase nove meses ao Planeta Vermelho.
O robô Curiosity deve tocar o solo em 6 de agosto de 2012 para começar uma análise detalhada de dois anos.
O jipe-robô possui 17 câmeras e 10 instrumentos científicos, incluindo laboratórios químicos para identificar os elementos em amostras de solo e rocha a serem escavadas pelo braço robótico da sonda de perfuração.
O professor de ciências planetárias e atmosféricas da Universidade de Michigan, o brasileiro Nilton Rennó, explica que o local foi escolhido por reunir duas características que despertam o interesse dos cientistas. Em primeiro lugar, a presença de montanhas que sofreram processos de erosão causados, provavelmente, por água líquida. Além disso, há depósitos de sal na região, também um resultado de possíveis cursos d’água.
"Talvez, embaixo de finas camadas salinas, possam existir condições favoráveis para vida microbiana", sugere Rennó, que já trabalhou na missão Phoenix - sonda enviada a Marte em 2007. Ele recorda as bactérias descobertas na água sob depósitos de sal do deserto de Atacama, no Chile, uma das regiões mais inóspitas da Terra.
Em 2008, Rennó foi o primeiro cientista a cogitar que pequenas esferas fotografadas na superfície da sonda Phoenix seriam, na realidade, gotículas de água líquida salgada.
No MSL, ele participou da especificação do Rover Environmental Monitoring System (Rems), uma espécie de estação meteorológica acoplada ao Curiosity que investigará o clima e as condições atmosféricas.
Quando o veículo estiver em Marte, Rennó participará de reuniões diárias, via internet, com cientistas e engenheiros da Nasa. Terá de se adaptar ao dia ligeiramente mais longo - de 24 horas e 39 minutos - do planeta vermelho, o que obrigará um atraso cotidiano de quase 40 minutos com relação aos horários cumpridos pela equipe no dia anterior.
Se tudo der certo, a rotina vai durar pelo menos dois anos, vida útil mínima para o dispositivo nuclear que fornecerá energia ao veículo-robô. "Mas esperamos que dure até dez anos", aponta Rennó.
O foguete, construído pela United Launch Alliance, decolou da plataforma de lançamento por volta das 13h02 (horário de Brasília), subindo por entre um céu parcialmente nublado à medida em que se dirigia ao espaço, para enviar o Laboratório de Ciência de Marte da Nasa a 354 milhões de milhas, uma jornada de quase nove meses ao Planeta Vermelho.
O robô Curiosity deve tocar o solo em 6 de agosto de 2012 para começar uma análise detalhada de dois anos.
O jipe-robô possui 17 câmeras e 10 instrumentos científicos, incluindo laboratórios químicos para identificar os elementos em amostras de solo e rocha a serem escavadas pelo braço robótico da sonda de perfuração.
O professor de ciências planetárias e atmosféricas da Universidade de Michigan, o brasileiro Nilton Rennó, explica que o local foi escolhido por reunir duas características que despertam o interesse dos cientistas. Em primeiro lugar, a presença de montanhas que sofreram processos de erosão causados, provavelmente, por água líquida. Além disso, há depósitos de sal na região, também um resultado de possíveis cursos d’água.
"Talvez, embaixo de finas camadas salinas, possam existir condições favoráveis para vida microbiana", sugere Rennó, que já trabalhou na missão Phoenix - sonda enviada a Marte em 2007. Ele recorda as bactérias descobertas na água sob depósitos de sal do deserto de Atacama, no Chile, uma das regiões mais inóspitas da Terra.
Em 2008, Rennó foi o primeiro cientista a cogitar que pequenas esferas fotografadas na superfície da sonda Phoenix seriam, na realidade, gotículas de água líquida salgada.
No MSL, ele participou da especificação do Rover Environmental Monitoring System (Rems), uma espécie de estação meteorológica acoplada ao Curiosity que investigará o clima e as condições atmosféricas.
Quando o veículo estiver em Marte, Rennó participará de reuniões diárias, via internet, com cientistas e engenheiros da Nasa. Terá de se adaptar ao dia ligeiramente mais longo - de 24 horas e 39 minutos - do planeta vermelho, o que obrigará um atraso cotidiano de quase 40 minutos com relação aos horários cumpridos pela equipe no dia anterior.
Se tudo der certo, a rotina vai durar pelo menos dois anos, vida útil mínima para o dispositivo nuclear que fornecerá energia ao veículo-robô. "Mas esperamos que dure até dez anos", aponta Rennó.
Fonte: Estadão