quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Curiosity já está a caminho de Marte e faz 1º contato com a Terra

O foguete não tripulado Atlas V partiu da estação da Força Aérea Cabo Canaveral, na Flórida, neste sábado, 26, inaugurando uma viagem de US$ 2,5 bilhões da Nasa em direção a Marte em busca de vida.  
Nasa/Reprodução
Pouco após o lançamento, o foguete realizou seu primeiro contato com a Terra, provando que a espaçonave está em boas condições e a caminho do Planeta Vermelho como o planejado.
O foguete, construído pela United Launch Alliance, decolou da plataforma de lançamento por volta das 13h02 (horário de Brasília), subindo por entre um céu parcialmente nublado à medida em que se dirigia ao espaço, para enviar o Laboratório de Ciência de Marte da Nasa a 354 milhões de milhas, uma jornada de quase nove meses ao Planeta Vermelho.
O robô Curiosity deve tocar o solo em 6 de agosto de 2012 para começar uma análise detalhada de dois anos.
O jipe-robô possui 17 câmeras e 10 instrumentos científicos, incluindo laboratórios químicos para identificar os elementos em amostras de solo e rocha a serem escavadas pelo braço robótico da sonda de perfuração.
O professor de ciências planetárias e atmosféricas da Universidade de Michigan, o brasileiro Nilton Rennó, explica que o local foi escolhido por reunir duas características que despertam o interesse dos cientistas. Em primeiro lugar, a presença de montanhas que sofreram processos de erosão causados, provavelmente, por água líquida. Além disso, há depósitos de sal na região, também um resultado de possíveis cursos d’água.
"Talvez, embaixo de finas camadas salinas, possam existir condições favoráveis para vida microbiana", sugere Rennó, que já trabalhou na missão Phoenix - sonda enviada a Marte em 2007. Ele recorda as bactérias descobertas na água sob depósitos de sal do deserto de Atacama, no Chile, uma das regiões mais inóspitas da Terra.
Em 2008, Rennó foi o primeiro cientista a cogitar que pequenas esferas fotografadas na superfície da sonda Phoenix seriam, na realidade, gotículas de água líquida salgada.
No MSL, ele participou da especificação do Rover Environmental Monitoring System (Rems), uma espécie de estação meteorológica acoplada ao Curiosity que investigará o clima e as condições atmosféricas.
Quando o veículo estiver em Marte, Rennó participará de reuniões diárias, via internet, com cientistas e engenheiros da Nasa. Terá de se adaptar ao dia ligeiramente mais longo - de 24 horas e 39 minutos - do planeta vermelho, o que obrigará um atraso cotidiano de quase 40 minutos com relação aos horários cumpridos pela equipe no dia anterior.
Se tudo der certo, a rotina vai durar pelo menos dois anos, vida útil mínima para o dispositivo nuclear que fornecerá energia ao veículo-robô. "Mas esperamos que dure até dez anos", aponta Rennó.
Fonte: Estadão

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Melhorando a qualidade de nossas fotos!

Coloco à disposição quatro fotos de Júpiter feitas na sexta feira 18/11. As mesmas foram realizadas com a câmera Celestron Neximage no telescopio, também Celestron, CPC 800 e foram pocessadas com o programa Registax 6. Esperamos ainda melhorar o resultado en futuros intentos, estamos aprendendo a usar estes recursos, por isso agradeceriamos que votaram na enquete do lado, no canto superior direito do blog, escolhendo qual das quatro fotos resultou melhor. Muito obrigado por dar a sua opinião!
Foto 1, sem filtro, com lente Barlow x2
Foto 2, com filtro verde e Barlow x2
Foto 3, sem filtro e sem Barlow
Foto 4, sem filtro, com barlow x2, sem lente diagonal

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Bússola x Rosa dos Ventos

Por Douglas Avila*

Os mais curiosos talvez testem a precisão do método utilizado para a construção da Rosa dos  Ventos no IFSUL campus Camaquã e podem ter uma surpresa ao apontar a bússola diante de nossas marcações: certamente ocorrerá uma diferença entre a agulha do instrumento e as marcas dos pontos cardeais. Essa diferença se pela Declinação Magnética, que é uma incoerência entre os polos Norte Magnético o e Geográfico. O Polo Norte Geográfico, que está apontado em nossa Rosa dos Ventos, é o eixo de rotação do planeta e não tem, necessariamente, a obrigação de coincidir com o Norte Magnético, gerado pelo magnetismo decorrente da rotação da terra.

A declinação magnética de um local é a medida do ângulo formado entre a direção do norte magnético, apontado pela agulha de uma bússola, com relação à direção do norte verdadeiro (geográfico).

Como convenção ficou decidido que essa diferença em graus à direita do norte geográfico (leste), seria positiva e que a diferença à esquerda (oeste) seria negativa. Veja dois exemplos para facilitar o entendimento:

è Uma declinação positiva ou leste significa que o norte magnético está desviado do norte verdadeiro no sentido horário.

è Uma declinação negativa ou oeste significa que o norte magnético está desviado no sentido anti-horário.
Curvas isogônicas (de mesma declinação magnética ref.leste) da Terra no ano 2000. Observam-se grandes declinações, até +/- 40º nas proximidades dos 2 polos magnéticos. Observar as linhas onde a declinação é 0º, nestes locais a bússola indica o norte geográfico.

A declinação magnética no Rio Grande do Sul é de -15ª, ou seja, o Norte Magnético está 15º à esquerda do Norte Geográfico. Alinhando-se a Bússola no sentido Norte/Sul com a marcação do meridiano encontrado em nossa rosa dos ventos, a agulha da bússola deve estar 15º à esquerda do meridiano, ou seja, indicando 345º ou o rumo N15ºW.


Ao realizar este teste simples, podemos verificar que são coerentes com a realidade as marcações astronômicas realizadas na Rosa dos Ventos do campus, bem como concluímos que estão precisas as indicações dos pontos cardeais.





A linha norte-sul trazada pelo método solar do determinação do
 meridiano coincide com a declinação de 15 graus oeste prevista.














* Douglas Avila é aluno do terceiro semstre do curso de Automação Industrial de IF Sul-Rio-grandense - Campus Camaquã


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Na origem o sistema solar pode ter tido 5 planetas gigantes, diz estudo

Ilustração mostra o hipotético quinto planeta gigante do Sistema Solar, que teria sido expulso por Júpiter e ajudou a preservar a Terra Instituto de Pesquisas Southwest / Divulgação
Fonte da foto: O Globo
O sistema solar pode ter suas origens em um planeta gigante, mas que foi ejetado por uma mudança de órbita de Júpiter, de acordo com estudo divulgado nesta sexta-feira na revista The Astrophysical Journal Letters. O artigo, escrito por David Nesvorny, do Southwest Research Institute, descreve o sistema solar há 600 milhões de anos como um lugar caótico no qual os planetas e as luas provocavam deslocamentos entre si devido a órbitas instáveis.
Nesvorny desenvolveu simulações de computador baseadas em uma análise do conjunto de pequenos corpos conhecidos como o cinto de Kuiper e das crateras da lua. O dinamismo em transformação das órbitas dos planetas gigantes e os corpos pequenos fez com que os corpos celestes se dispersassem para diferentes lugares.
Os corpos pequenos se transferiram ao cinto de Kuiper e o sol gerando numerosos impactos na terra, e Júpiter também se deslocou para o sistema solar, enquanto Urano e Netuno se movimentaram para o exterior. Entretanto, Nesvorny detectou um problema neste modelo, pois se for aceita a teoria de que Júpiter mudou de órbita de maneira súbita quando se afastou de Urano e Netuno durante o período de instabilidade na zona externa do sistema solar, a conclusão é de que estes últimos planetas teriam ficado fora do sistema.
"Algo estava errado", ressaltou. Para achar uma saída a esta encruzilhada, o pesquisador decidiu introduzir nas simulações cinco planetas gigantes ao invés dos quatro atuais (Júpiter, Urano, Netuno e Saturno). "A possibilidade de que o sistema solar tenha tido mais de quatro planetas gigantes inicialmente, e expulsasse um, parece ser mais concebível de acordo com os recentes descobrimentos de um grande número de planetas flutuando livremente no espaço interestelar, o que demonstraria que o processo de expulsão planetária seria bastante comum", disse o astrofísico.
Fonte: Portal Terra

domingo, 13 de novembro de 2011

Construindo a Rosa dos Ventos no IFSul - Camaquã

Quando pensamos em instalar a estação meteorológica do Campus, logo nos ocorreu acrescentar uma base com a rosa dos ventos, deste modo, a efeitos didáticos seria possível ver no instante a direção do vento sem consultar o console da mesma, do mesmo modo poderia auxiliar na localização e observação dos astros. Instalada a estação, como já foi documentado aqui, solicitamos ao setor de obras a realização de uma plataforma circular de um metro de diâmetro, prontamente a chefe do setor, Ing. Aretusa Rodrigues, respondeu ao nosso pedido com a voluntariosa e eficiente colaboração da equipe de manutenção e obras do mesmo. Pronta a base procedemos à determinação e demarcação dos pontos cardeais de acordo com o método de definição do meridiano através da sombra projetada pelo Sol ao longo do dia – para ver uma excelente descrição do método, visite: http://www.silvestre.eng.br/astronomia/educacao/rosas/basico/ -. Concluída esta fase, como podem ver nas fotos, passaremos à construção da rosa dos ventos na forma de mosaico de azulejos. Iremos acrescentando as fotos neste mesmo post para que fique registrado todo o processo.
Iniciando a demarcação com a colaboração do aluno Douglas

O aluno Douglas sugeriu que poderíamos construir, neste mesmo local, um relógio de sol e uma plataforma altazimutal, a efeitos didáticos poderia ser feita também uma equatorial, tudo na área próxima da estação meteorológica, deste modo teríamos diversos instrumentos com referência na história da astronomia.    






O aluno Gustavo, bolsista do Projeto Céus do Sul,
 faz a segunda marcação da manhã





Traçando os círculos de referência para aguardar a marcação da tarde

Feita a marcação da tarde já foi possível
procurar a bissetriz que definiria o meridiano 





As três marcações coincidiram plenamente




As quatro retas apontando os pontos cardeais,
agora é só desenhar a rosa.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Asteroide de 400 m passará perto da Terra na próxima terça

Última imagem divulgada pela NASA

Um asteroide com 400 m de largura passará perto da Terra na próxima terça-feira, dia 8 de novembro, em uma aproximação rara que não representa risco de impacto para o planeta, segundo cientistas americanos que esperam ansiosos a oportunidade de observá-lo. "Não é potencialmente perigoso, é apenas uma boa oportunidade para estudar um asteroide", garantiu o astrônomo da Fundação Nacional de Ciências (NSF, na sigla em inglês), Thomas Statler. O asteróide circular, chamado 2005 YU55, ficará mais perto da Terra do que a Lua, a 325.000 km de distância, informou a agência espacial americana. Segundo previsões, o horário em que o asteroide estará mais próximo da Terra será às 21h28 de terça-feira, horário de Brasília.
A aproximação será a maior de um asteroide deste tamanho em mais de 30 anos e um evento similar não voltará a ocorrer até 2028. No entanto, quem desejar ver o corpo celeste precisará de um telescópio.
O asteroide "será visto muito distante quando passar por aqui", afirmou Scott Fisher, diretor da Divisão de Astronomia da NSF. "Não será perceptível a olho nu. Será preciso um telescópio com lente de mais de 15 cm para vê-lo. Para tornar a observação ainda mais complicada, se moverá muito rápido no céu quando passar", acrescentou.
Os astrônomos que estudam este objeto, classificado como um asteroide de classe C, dizem que é muito escuro, cor de carvão, e bastante poroso. O 2005 YU55 foi descoberto em 2005 por Robert McMillan, do projeto Spacewatch, grupo de cientistas que observa o sistema solar perto de Tucson, no Arizona.
O objeto faz parte de um conjunto de 1.262 asteroides grandes, que giram ao redor do Sol e têm mais de 150 m de largura, que a Nasa qualifica como "potencialmente perigosos". "Queremos estudar estes asteroides, de forma que se algum dia formos atingidos, saibamos o que fazer com ele", disse Statler.
A passagem mais próxima que um asteroide fará da Terra será em 2094, a uma distância de 269.000 km, segundo as previsões. 

FONTE: Terra.com.br e NASA